A Soberania de Deus e o Arrependimento do Homem

Publicado em 09/12/2016 às 11:03 Por Ricardo Macieira Visto por 1068

"Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus TE CONDUZ ao arrependimento?"(Romanos, 2:4)

Um dos mais mortais enganos disseminados por Satanás na atualidade, diz respeito ao suposto poder de DECISÃO que o pecador teria sobre o seu próprio destino eterno a partir de algum pressuposto e determinante exercício de seu próprio arbítrio e independente da ação prévia e regeneradora do Espírito Santo de Deus. Como se o mero externar de palavras ditas somente da boca para fora tivessem o poder de ratificar o Pacto da Nova Aliança para o professante.

Não há duvida de que a vontade humana está sim envolvida no processo que leva à justificação, no entanto não é, nem de longe, o seu fator preponderante e gerador. A Bíblia está repleta de citações e ensinos que comprovam a predeterminação da vontade divina em cada uma das etapas do processo redentivo de cada indivíduo que se rende a Deus pela Fé em Cristo.

Nenhum homem tem o 'poder' de decidir onde e quando irá se arrepender. Ele não tem o menor controle sobre este aspecto volitivo de sua natureza caída. Essa prerrogativa pertence somente a Deus e Ele a exercerá segundo o legítimo e pleno exercício da Sua Suprema Vontade, através de Seus insondáveis decretos eternos. O único apelo válido dirigido à consciência do pecador perdido é aquele que é feito na própria anunciação bíblica do Evangelho da Cruz: 'ARREPENDEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO!'

Arrepender-se verdadeiramente é sem dúvida alguma um Dom gracioso dado por Deus, em decorrência do livre e predeterminante exercício de Sua soberana e irresistível Vontade, que transcende o espaço, o tempo e a limitada razão humana. O poder regenerador de Deus sobre o coração do homem, iluminando, convencendo e conduzindo-o de forma perfeita ao reconhecimento de sua condição de miséria e à contemplação do Amor, da Justiça e do Perdão de Deus revelados no Sacrifício de Jesus.

A mesma Bíblia que afirma ser um ato de Deus endurecer o coração do homem é também a mesma que intima a sua consciência caída a não endurecer-se por iniciativa própria, sob pena de uma cauterização definitiva e irreversível dessa mesma consciência.

Portanto, considere a real natureza do legítimo arrependimento e também a profundidade da verdadeira Fé salvífica que é capaz de fazer o pecador arrependido apegar-se com firme convicção e confiança à Obra redentora de Jesus. Sendo assim, se você deposita uma infundada confiança no mero ato de ter repetido alguma frase de efeito psicológico, como a chamada 'ORAÇÃO DO PECADOR', sem evidências que a Graça de Deus tenha operado verdadeiro arrependimento em seu coração, então é possível que você ainda não tenha sido regenerado pelo poder do Espírito Santo de Deus, pois essa regeneracão é algo profundo demais para não promover uma radical e visível mudança de atitude diante de Deus e do mundo.

Felizmente as Sagradas Escrituras sinalizam grande esperança para os de coração quebrantado e humildes. Aqueles que possuem um sincero temor, capaz de movê-los a clamar a Deus por misericórdia e Graça, na esperança de conduzí-los ao sincero e verdadeiro arrependimento, que por sua vez conduz à  Fé no Salvador, que justifica, confirma e sela definitivamente o coração regenerado. Amém!

"Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece."(Romanos, 9:16 e 18)

Fonte: Ricardo Macieira