Até onde você pretende estar com o Senhor?

Publicado em 03/09/2015 às 09:41 Por Pr. Sérgio Leite Visto por 381

Talvez, você considere a pergunta como óbvia demais. Pois, tenha como suposta resposta que o mais longe e/ou o mais próximo possível. Sim, tudo é uma questão de perspectiva quanto à pessoa do próprio Deus.O que boa parte das pessoas que usariam tal resposta, dificilmente se permitiria alcançar tal meta. É que desde o chamado de Deus a Moisés, o propósito é claro e definitivo por parte do Senhor; andar o mais próximo do povo para levá-lo ao mais longe possível.Uma proposta até então, semelhante à resposta que vimos. Todavia, somente da parte do Senhor é verdadeiro quando assim diz. O que é enfático ao mandar Moisés falar com o supremo Faraó. Deixando claro, quais intenções, tinha com o povo. “Deixa ir o meu povo” (5.1; 7.16; 8.1; 20; 9.1, 13; 10.3) Dúvidas? 

Não era para estar perto de Faraó que o povo Deus deveria ficar. Mas, perto do Senhor para servi-lo e celebrá-lo. Sempre! Das dez pragas enviadas ao Egito, sete recusas a um único pedido. E o povo ficou sabendo disso.E do ponto de vista do povo? Será que a mesma intenção e certeza podem ser vista ou defendida? Libertos das “garras” de Faraó, o povo tem a chance de demonstrar ao Senhor sentimento recíproco. Então, o Senhor lhes dá instruções com vista a assegurar uma aproximação segura e duradoura, os dez mandamentos. Êxodo 20.1-17

Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. Êxodo 3.2

Moisés tinha experimentado que pela santidade o povo não tinha o que temer. Bastava seguir as orientações do Senhor. Mas, surpreendendo as expectativas do líder humano o povo rejeita esta condição, dando um “sim” quase que disfarçado a permanência do pecado em suas vidas.  

Respondeu Moisés ao povo: Não temais (grifo meu); Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.  Êxodo 20.20

O povo em comum acordo e linguagem diz a Moisés que a aproximação ao Senhor passaria a ser feita através dele, Moisés. E que não correriam qualquer risco, mesmo que fosse para provar de uma aproximação com o Deus Criador e sustentador de tudo.

Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos. Êxodo 20.19

O episódio se revela conclusivo, quando por ocasião de Moisés subir ao monte por determinação do Senhor, leva consigo uma comitiva representando o povo, Êxodo 24.1 registra tal situação. A comitiva é formada por Moisés, Arão, Nadabe e Abiú e setenta dos anciãos.

Na subida, Deus leva em conta o pedido feito anteriormente pelo povo e, a medida da aproximação é constituída tão somente pelo que está em cada coração. Delimitando assim, que alguns apenas contemplem o “chão” lugar santo da presença do Senhor. (v.10) Estes, não querem se aproximar completamente do Senhor, por isso ficam na metade do monte. Mesmo que sobre eles, seja assegurada a preservação de suas vidas pelo Senhor. (v.11)

Outro mais consciente do Deus de Israel segue a inclinação do coração do líder Moisés, e com ele sobe ao monte, contemplando mais que o chão, o próprio envolto do Senhor sobre eles. (v.17s) Lá, permanecem Moisés e Josué por exatos quarenta dias e quarenta noites. Até que são interrompidos por algo que nas profundezas acontecia, Êxodo 32.

A aproximação é quebrada quando o pecado é estabelecido e aproximo da vida do povo está. Deus interrompe a comunhão vivenciada com Moisés, trazendo a informação que o povo se corrompeu e que trataria de tal desvio de modo conciso. (vv.7-10) O interessante na narrativa é que voltando Moises e Josué, não mais encontram Arão, seus dois filhos e os setenta anciãos onde deixaram. Eles descem e agora, unidos ao povo nas profundezas clamam por aproximação a outro deus.

Nas palavras de Moisés encontramos o empate. Nem há avanço nem retrocesso. Simplesmente fincados no chão estavam o povo em suas escolhas. (v.18) Não era alarido nem de vencedores nem de vencidos. Era alarido de pessoas engessadas, pressas novamente pelas garras não mais de Faraó, mas pelas garras do pecado.

Permanecido Arão e os demais representantes do povo onde estavam, teria o povo se corrompido? Não teve e não recebeu este influência dos que de lá desceram? Certamente que tudo leva a crê que sim. É o caminho natural de quem anda pela metade com o Senhor. É a real situação em que muitos estão.

A saída constitui a mesma. Suba! Aproxime-se cada vez mais do Senhor. A cada dia encurta a distância que há entre você e Deus. Já sabemos que da parte do Senhor, tal desejo e condições foram previamente assegurados. Pois, o preço de parar só tem uma direção, descer, descer e cada vez mais nos fincar no chão.

Através de Jesus Cristo as condições para uma aproximação de Deus são ampliadas e aprimoradas. Não mais é necessário subir literalmente num monte. Basta inclinar o coração e em oração sincera fazer tal subida a presença do Senhor. Jesus Cristo é a garantia de santidade que tanto precisávamos. Jesus Cristo é o Caminho pelo qual subimos a presença de Deus, deixando apenas de contempla-lo pelo “chão” de seus pés.

Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Hebreus 10.19-20

Que Deus te abençoe na comum jornada rumo a presença do Senhor. E que nela não haja retardatalhos nem quem retroceda. E que o desejo pelo Senhor sempre esteja em alta em tua vida.

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. Oséias 6.3

Invista sua vida em conhecer ao Senhor e perto dele andar. Amém!


Fonte: Marconi Duarte