Enxugando as lágrimas com lembranças alegres

Publicado em 22/05/2017 às 01:25 Por Pr. Almir Marcolino Visto por 988

O que fazer quando a vida é triste? Quando nossa rotina é entremeada de choro e tristeza? O que fazer quando o sofrimento predomina em nosso caminhar aqui?

No salmo 126 o peregrino cantou a resposta para essas perguntas.  Este é um salmo de alegria, clamor e esperança em meio à tristeza. Ele nos mostra duas atitudes que devem ser tomadas quando o presente é de aflição: olhar para o passado e olhar para o futuro.

Olhar para o passado com o propósito de recordar o que Deus já fez. O salmista se reporta ao retorno dos exilados de Sião. Ele lembra quando Deus livrou Israel do cativeiro e o trouxe de volta para sua terra, mudando a sorte da nação. 

A lembrança não foi apenas mental, mas também uma rememoração da alegria sentida naquela ocasião. “Ficamos com quem sonha. Então encheu-se de riso nossa boca e nossa língua de gritos de júbilo”. Aquela ocasião tinha sido tão maravilhosa que parecia um sonho. Ressentindo as emoções da ocasião da restauração, o salmista diz “Foi como um sonho! Como rimos! Como cantamos de alegria!”. 

Algumas vezes as ações de Deus são tão surpreendentes que pensamos estar sonhando, como ocorreu com a Igreja de Atos, na ocasião do livramento de Pedro (Atos 12.9). 

Quando embriagados pela tristeza, tornemos à sobriedade recordando e recitando as bênçãos que Deus já derramou sobre nós. Estas lembranças reproduzem a alegria sentida quando aquelas bênçãos foram derramadas. A recordação e a recitação das bênçãos divinas podem renovar nossa alegria. 

Quando a nota dominante da nossa canção for a dor e o gemido podemos encontrar forças para continuar cantando se recordarmos que a alegria é fruto da ação graciosa de Deus e não algo a ser exigido pelo ser humano. 

O peregrino proclama que a ação salvadora de Deus foi a causa de sua alegria. Quando o SENHOR restaurou.., então a nossa boca se encheu de júbilo. As manifestações de júbilo e os cânticos de alegria dos salmistas sempre ocorrem diante dos atos salvadores de Deus. 

Muitas vezes pensamos encontrar a alegria nos divertimentos deste mundo, ou nas conquistas pessoais e terrenas. Mas a verdadeira alegria é resultado da ação salvadora de Deus em nossas vidas. O fato de Deus ter agido através de Jesus Cristo para nos libertar do cativeiro da corrupção e da condenação eterna deve encher nossa boca de um riso alegre e jubiloso. Pois não há bênção maior do que essa. 

O Senhor Jesus nos ensinou esta mesma nota de forma bem sonante. Certa feita, seus discípulos retornam rejubilando porque tinham sido bem sucedidos na missão que lhes fora dada,  Jesus reagiu dizendo assim: Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus. (Lucas 10.20). Ter o nome escrito nos livro da vida nos céus deve ser a causa maior de nossa alegria. A salvação que nos foi graciosamente doada por Deus deve ser lembrada em nossos momentos de tristeza, e essa lembrança deve ser suficiente para nos levar à alegria. 

Podemos pintar de cores alegres o quadro de nossa vida, testemunhando as bênçãos recebidas, mesmo quando a paisagem maior for uma seca desoladora, que nos deixa solitários. Isso engrandecerá o nome de Deus entre as pessoas.  A ação salvadora de Deus não apenas produziu alegria no Seu povo como também tornou conhecido Seu nome entre as nações. “Então se dizia entre as nações, o SENHOR fez grandes coisas por estes”. 

Quando recordamos e contamos as bênçãos de Deus, renovamos nossa alegria e anunciamos quão grande e bom é nosso Deus. 

Em momentos de tristeza, enxugue suas lágrimas com os lenços das recordações alegres, traga à memória as bênçãos de Deus. Além de se alegrar você testemunhará.  


Fonte: Marconi Duarte