— Nunca mais vou amaldiçoar a terra por causa das pessoas, porque é mau o
desígnio íntimo do ser humano desde a sua mocidade. Também nunca mais vou
destruir todos os seres vivos, como fiz desta vez. Enquanto durar a terra,
não deixará de haver semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia
e noite.
A frase “nunca mais” é uma promessa de muita responsabilidade.
“Nunca mais” está ligada a uma decisão de que aquilo que aconteceu não irá se
repetir.
Tanto para aquele que fez algo contra alguém, quanto para si próprio.
Lembre-se do princípio: Tudo que você faz terá consequência, que repercutirá em
toda sua vida.
“Nunca mais” deve ser uma decisão ponderada de uma reflexão que resultou em um
aprendizado naquilo que aconteceu de ruim em nossa vida diante das nossas atitudes
e finalmente, concluímos que o resultado talvez serviu naquele momento como uma
lição, mas que não deve se repetir nunca mais.
Pense! Sua vida é feita de decisões. Pense nas coisas que você já fez para satisfazer
a si próprio, mas que o resultado não foi o que você esperava, talvez por não ter
planejado corretamente, não ter analisado os prós e os contras, ter agido por
impulso e assim, ter percebido a grande besteira que fez. E disse: “nunca mais
farei isso!”
Por outro lado, você ao perceber que fez algo prejudicial para você mesmo ou para
outra pessoa, sentiu-se arrependido e disse: “nunca mais farei isso!”, mas mesmo
assim, repetiu os mesmos atos novamente?
Diferentemente das nossas decisões limitadas. Nessa passagem em Gênesis, o SENHOR
expõe Sua perfeita vontade em decisões equânimes. Perceba que, se o critério da
Justiça de Deus fosse a índole do ser humano, Deus não teria compaixão de nenhum
de nós, a terra seria amaldiçoada e mais uma vez destruiria a humanidade, talvez
definitivamente, e Ele, mesmo assim, não estaria praticando injustiça. Por que o
Criador tomou essa decisão de “nunca mais”?
Sabemos pelas Escrituras que Ele havia tomada uma decisão drástica à nossa compreensão
limitada. Deus iria destruir tudo, mas numa expressão de compaixão, Ele poupou as novas
gerações a partir de Noé. Ele não se arrependeu, Ele aplicou Sua perfeita justiça com
compaixão e nos concedeu uma nova chance. No entanto, depois de ter concluído seu desígnio,
Ele decidiu não agir mais da mesma maneira que fez. “Nunca mais” Ele irá amaldiçoar a
terra por causa das pessoas, sabendo quem nós somos, sabendo que o mal está em nós,
está no nosso íntimo.
Em Romanos 7.18-24, parafraseando, o apóstolo Paulo sabia que em sua carne não habitava
o bem, apesar de ter a intenção de fazer o bem, mas não conseguia. Ele afirma que queria
fazer o bem, mas fazia o que não queria, praticava o mal, mas não era ele quem fazia o mal,
mas sim, o pecado que residia nele, havia uma luta entre o homem interior que apreciava a lei,
mas seu corpo guerreava com a sua mente e o encarcerava na lei do pecado que estava em seus
membros. Ele se sentiu um homem miserável, e clamou: Quem me livrará do corpo desta morte?
Ele conclui que se não fosse o nosso Senhor Jesus Cristo, ali na cruz do calvário, ter
batido martelo e dito: “Está consumado”. E por esse motivo, Àquele que pela Sua misericórdia
aplicada tanto na vida de Paulo como em nossa vida, nos fez se entregar a Ele. Diante de
muitos, NUNCA MAIS, seremos lançados eternamente longe dEle e no inferno.
Às vezes queremos agir mais do que Deus, aplicando nossa justiça, tomando decisões drásticas
e não sendo compassivos, às vezes dizemos “nunca mais”, mas repetimos da mesma forma.
Pense nisso!