Basta uma rápida leitura das Escrituras para constatarmos que vivemos rumo à “contra mão” do espírito, desejo e esforço característico ao evangelho pioneiro e bíblico. Sim! Tudo mudou.
No texto paulino de I Coríntios 9.19-27, encontramos o relato de um quadro totalmente atípico a realidade de vida no tempo presente. A passagem traz o vívido exemplo daquele que decidiu empenhar-se no serviço e adoração particular em favor do seu Senhor com vistas ao progresso de uma obra que traz realce e renome somente a Jesus Cristo, como digno e merecedor de receber por parte de seus servos sempre o melhor.
Como cerne da adoração e novo conceito de vida, Paulo descreve que agora, não cabia mais viver só para si, nem tampouco para uma causa de menor valor como são todas as causas do mundo. Pois, aprendera que sua vida, assim como das demais pessoas, tinha grande valor em termos de eternidade. (v.19-21)
O testemunho aqui não constitui um monumento de elevação pessoal ao apostolo. Seu intuito é justamente o oposto! O desejo próprio é que através de um convite sincero, norteie a vida de todos que a exemplo, foram alcançados por Jesus Cristo, através da pregação de um evangelho que via de regra é qualitativo à vida. Sendo, portanto mais que óbvio, que todo o empenho, investimento e sentimentos pró-evangelho, resultam em benefícios próprios ao participante. (v.23-24)Infelizmente o quadro presente dá conta que outras corridas estão na alta do “câmbio” da vida dos salvos. Cada vez menos se vê a cooperação ao crescimento e proclamação do evangelho do Senhor Jesus. Manter o que já alcançamos está também muito difícil. Os negócios dessa vida parecem ser mais atraentes e duradouros para os que por decisão, disseram “um dia” que amariam o Senhor a tempo e fora de tempo.
Hoje, os trabalhos são reduzidos a três, quatro ou no máximo cinco reuniões de minutos semanais, sob o risco de não ter quem mais os assista. Pelo que se demonstra o desencanto, agora é com o Senhor, que parece não retribuir a altura e “rendimentos” segundo estão obtendo no mundo que os tem em máximo empenho, tempo e dedicação de alma.
Creio que está mesmo na hora de Cristo voltar e por em ordem sua casa e povo! Mas enquanto isso não acontece é bom alertar para o encargo pessoal que a cada um Ele pedirá conta. E a melhor forma de começar é: QUANTO DE MIM TENHO DADO?
Meu desejo e oração é que tal reflexão não seja rechaçada por qualquer espírito de desculpa. Mas, pelo pronto entendimento que chegou a hora de juntos mudarmos esse quadro que está em pleno curso só tende a crescer se não houver mudança em nós.
Fonte: Marconi Duarte