"Tira o dedo daí, menino tu vai te queimar! Menino não brinca com fogo,
brinca com a luz do luar." (Laio)
O saudoso músico rondoniense cantava as travessuras dos meninos que torravam
castanha de caju e acabavam se ferindo, pois a castanha solta um líquido altamente inflamável.
Mas a meninada, mesmo sabendo do perigo, não desistia.
Gente grande também gosta de flertar com o perigo, com a tentação. Um amigo, oficial militar,
tinha decidido parar de fumar. Fez um discurso veemente, condenando o tabagismo. Qual não foi a
surpresa do missionário que o visitava em seu gabinete, quando viu uma carteira de cigarros sobre a mesa.
A explicação veio rápida: "Eu deixo o cigarro aí pra provar que tenho força de vontade. Olho para a carteira,
vem o impulso, mas não fumo." Será mesmo, comandante?
Ao aconselhar o seu povo, que enfrentava inimigos mais bem armados, o profeta Jeremias orientou:
"Fujam para salvar a vida! Escondam-se no deserto!" (Jer. 48.6)
Eles costumavam dizer que eram fortes, guerreiros valentes, mas não estavam preparados para o que viria.
Jesus usou uma comparação radical: "Se o olho direito o leva a pecar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor
perder uma parte do corpo que ser todo ele lançado no inferno." (Mt.5.29)
Há muita gente dando espaço para o vício da bebida, do fumo, das drogas, da pornografia, julgando que
pode parar quando quiser. A realidade não costuma ser tão simples.
José do Egito, ao ser assediado pela patroa, fugiu. É um bom exemplo.
Vamos ficar longe do que pode nos fazer tropeçar e cair.
É melhor não brincar com fogo. Ele queima. E dói muito. Que Deus nos livre das tentações.